CALENDÁRIO CATÓLICO
- 14 de Abril -
SANTA LIDUÍNA (LIDVINA)
- 13 de Abril -
SÃO HERMENEGILDO
- 13 de Abril -
SANTA IDA
- 13 de Abril -
SÃO MARTINHO I
- 12 de Abril -
SÃO JÚLIO I
O Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Mas, hoje, celebramos Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, e que dirigiu a Igreja de 337 a 352.
- 12 de Abril -
SÃO JOSÉ MOSCATI
José Moscati era de uma família ilustre e muito rica. Seu pai, Francisco, era presidente do Tribunal de Justiça e sua mãe, Rosa de Luca, pertencia à nobreza. Ele nasceu na cidade de Benevento, Itália, no dia 25 de julho de 1880, e foi batizado em casa num dia de festa, a de santo Inácio de Loyola.
- 11 de Abril -
SANTA HELENA GUERRA
Helena Guerra nasceu em Luca, Itália, em 23 de junho de 1835. Extremamente estudiosa, aprendeu em casa italiano, francês, latim, música e pintura. Aos dezenove anos, foi trabalhar como enfermeira entre os doentes de cólera e, aos vintee dois anos, contraiu uma doença que a prendeu ao leito por quase oito anos. Nessa época, passou a estudar os Padres da Igreja, ou seja, os grandes teólogos e santos que contribuíram para o desenvolvimento da doutrina da Igreja católica. Mesmo debilitada, criou um grupo de ''amizade espiritual'' entre seus visitantes, projetando uma forma de vida contemplativa.
Em 1870, assistiu a uma das sessões do Concílio Vaticano I e voltou para Luca, criando, ali, uma comunidade feminina, dedicada a Santa Zita, de vida muito ativa e voltada á educação dos jovens. Em sua comunidade, não haviam votos, era constituída de voluntários do ramo da educação. Helena dirigia todos por meio de seus escritos, pequenos livros que ela preparava para orientar e aprofundar a fé cristã. Nessa comunidade, foi acolhida, por um certo tempo, durante o qual fez a sua primeira eucaristia, a futura santa Gema Galgani, em 1887. Mais tarde, o instituto foi reconhecido pela Igreja como uma congregação religiosa, tornando Helena sua fundadora.
Helena decidiu, então, adotar uma missão para a sua nova congregação. Durante muitos anos, havia pensado nisso e agora decidiu colocar em prática o seu desejo de conduzir os fiéis para o conhecimento e para o amor ao Espírito Santo, o Espírito da vedade plena.
Helena escreveu ao papa Leão XIII, e pediu fervorosamente para um ''retorno ao Espírito'', que, no século seguinte, foi vivamente anunciado e celebrado pela Igreja. Três documentos pontificais, entre 1895 e 1902, convidaram todo o mundo católico a refletir sobre o tema. O papa Leão XIII deu ás irmãs de Helena o nome de ''Obreiras do Espírito Santo'', como um claro sinal de seu apoio a essa missão.
Se a sua mensagem foi entendida em Roma, o mesmo não aconteceu em Luca, na sua própria casa. As irmãs se mostraram contra Helena e contra suas ideias, retirando-a da direção da congregação, causando-lhe muita humilhação. Entretanto, Helena não reagiu. Confortada pelas companheiras ainda fiéis, ela manteve em seu coração o exemplo de amor que sempre soube oferecer.
No dia 11 de abril de 1914, um Sábado Santo, depois de receber o hábito de Obreira do Espírito Santo, Helena Guerra faleceu. Seu corpo foi sepultado em Luca, na Igreja de Santo Agostinho. Em 1959, o papa João XXIII proclamou-a beata e autorizou o seu culto a ser celebrado no dia de seu trânsito.
- 11 de Abril -
SANTO ESTANISLAU
Estanislau foi martirizado por um amigo, por não tê-lo apoiado contra os preceitos católicos, mesmo na condição de rei. Tão disciplinado era o bispo que exigia essa mesma disciplina de seu rebanho, que nem o cargo soberano do infrator o fez calar-se, pagando por isso com a própria vida.
Estanislau era polonês, nasceu ma Cracóvia, em Szczepanowa, no ano 1030. Seus pais eram pobres, mas encontraram nos monges beneditinos uma forma de dar educação moral e espiritual ao filho. Assim, quando terminou os estudos básicos, Estanislau conseguiu seguir e concluir o ensino superior na Bélgica, na célegre Escola de Liége.
Voltando á sua terra natal, sua atuação como sacerdote ficou marcada e registrada pelo zelo pastoral e pelas benéficas iniciativas realizadas com caridade e inteligência. A consequência natural foi sua designação para o posto de bispo da Cracóvia pelo papa Alexandre II. Decisão que contou com o apoio não só do clero, como também de toda a população, inclusive do p´roprio rei Boleslau II.
O rei admirava Estanislau e, nos primeiros anos, apoiou-o no trabalho incansável de evangelização em toda a região, assim como na formação do clero local, o qual preparou para substituir os monges beneditinos na administração da Igreja polonesa. Mas Estanislau também apoiava o rei em suas melhores ações.
Afinal, Boleslau também foi descrito, na história, como um soberano que alargou e consolidou as fronteiras do seu jovem país, além de ter valorizado grandemente as terras de sua pátria, com a reforma fundiária que implantou, acompanhada de mudanças políticas e econômicas muito favoráveis ao povo. Entretanto o rei apaixonou-se por uma bela matrona, Cristina, que era casada com Mieslau, outro nome polonês histórico.
Apesar dos consenhos de Estanislau e de sua exigência de que os preceitos católicos do casamento fossem respeitados, Boleslau não se conformou em ficar sem sua amada. Simplesmente, mandou raptá-la. O bispo ameaçou axcomungá-los, mas o rei não recuou. Estanislau cumpriu a ameaça e Boleslau, enfurecido, ordenou a execução do religioso, comandando em pessoa a invasão da Igreja de São Miguel, na Cracóvia, onde Estanislau celebrava uma missa.
Porém os guardas, impedidos por uma força misteriosa, não conseguiram se aproximar do bispo, tend o rei de assasiná-lo com as próprias mãos. Estanislau foi trucidado no dia 11 de abril de 1079. Imediatamente, passou a ser venerado pelo povo polonês, sendo canonizado em 1253. Seu culto, até hoje, é muito difundido na Europa e na América.
- 11 de Abril -
SANTA GEMA GALGANI
Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, na Itália, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa jóia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos. A família, muito rica e nobre, era também profundamente religiosa, passando os preceitos do cristianismo aos filhos desde a tenra idade.
Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequema. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de receitá-las e pedia constantemente á mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.
Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais á religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta doi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e cariade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.
Quando rezaca, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recenia a visita de São Gabriel, de Nossa Senhora das Dores passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela desejava.
Entretando, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.
Imediatamente, começou a devoção e veneração á ''Virgem Luca'', como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.
- 10 de Abril -
SÃO MACÁRIO DE ANTIOQUIA
Macário recebeu esse nome por causa de seu tio e padrinho de batismo: o bispo de Antioquia. Mas dele não herdou apenas o nome, como também sua religiosidade e o destino: ser líder e ocupar um posto importante na Igreja.
Macário nasceu na Armênia, no final do primeiro milênio, foi educado sob a orientação do tio-padrinho e cresceu preparando-se com esmero para tornar-se um sacerdote, o que aconteceu assim que atingiu a idade necessária. Também não causou nenhuma surpresa sua indicação para suceder o tio como bispo.
Nesse posto, Macário realizou o apostolado que depois seria a causa de sua canonização. Pregava diariamente, visitava todos os hospitais confortando os doentes e dividindo tudo o que tinha com os pobres. O que resultou disso foi a conversão constante de pagãos. Ainda nessa fase, conta a tradição que aconteceu um prodígio presenciado por muitos: Macário, quando se ajoelhava para rezar, ficava tão emocionado que levava constantemente, entre as mãos, um pano para enxugar as lágrimas.
Um leproso teria aplicado esse pano ainda úmido sobre suas feridas e se curado da terrível doença. Bastou para que, diariamente, uma multidão de doentes procurasse a casa do bispo Macário para receber sua bênção. Assim, outras graças se sucederam.
Porém a fama desagradava o humilde bispo. Ele, então, empossou um substituto para a diocese, o padre Eleutério, e buscou a solidão. Na companhia de quatro sacerdotes, viajou como penitente á Terra Santa, peregrinou aos lugares sagrados e passou a pregar. Converteu centenas de mulçumanos e com isso provocou a ira dos poderosos. Preso e torturado, foi deixado á noite pregado por enormes pregos que perfuravam seus pés e mãos, no chão de uma cela, numa espécie de crucificação. Entretanto, durante a noite, um anjo apareceu na cela e libertou Macário dos pregos. As portas da prisão se abriram sozinhas e ele ganhou a liberdade. Assim dizem os escritos da tradição cristã. Macário ainda evangelizou e praticou curas na Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália.
Foi por essa época que teria apagado um incêndio em Malines, Bélgica, ao fazer o sinal da cruz. Terminou seus dias no convento dos agostinianos de São Bavo, em Ghent, também na Bélgica, mas decidiu que morreria em sua terra natal. Mesmo gravemente doente, conseguiu fazer a viagem de volta enfrentando pelo caminho a peste, que dizimava populações. Sua história se fecha com outro fato prodigioso: comunicou aos companheiros que seria a última vítima da peste. E tudo aconteceu como ele dissera.
Depois que o bispo Macário morreu, em 10 de abril de 1012, ninguém mais perdeu a vida por causa daquele mal contagioso. Sua festa litúrgica ocorre no dia do seu trânsito, sento considerado o padroeiro das grandes epidemias.
- 10 de Abril -
SANTA MADALENA DE CANOSSA
Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia primeiro de março de 1774 na cidade italiana de Verona, que pertencia á sua nobre e influente família. Seu pai faleceu quando tinha conco anos. Sua mãe abandonou os filhos para se casar novamente. As crianças foram entregues aos cuidados de uma péssima instituição e Madalena adoeceu várias vezes. Por essas etapas dolorosas, Deus a guiou por estradas imrevisíveis.
Aos dezessete anos, desejou consagrar sua vida a Deus e por duas vezes tentou a experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era a esta a sua vida. Retonou para a família, guardando secretamente no coração sua vocação. No palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar, surpreendendo a todo com seu talento para os negócios. Entretanto, nunca se interessou pelo matrimônio.
Os tristes acontecimentos do século, políticos, sociais e eclesiais, marcados pelas repercussções da Revolução Francesa, bem como as alternâncias dos vários imperadores estrangeiros na região italiana, deixavam os rastros na devastação e no sofrimento humano, enchendo a sua cidade de pobres e menores abandonados.
Em 1801, duas adolescentes pobres e abandonadas pediram abrigo em seu palácio. Ela não só as abrigou como recolheu muitas outras. Presentiu que este era o caminho do espírito e descobriu no Cristo Crucificado o ponto central de sua espiritualidade e de sua missão . Abriu o palácio dos Canossa e fez dele não uma hospedaria, mas uma comunidade de religiosas, mesmo contrariando seus familiares.
Sete anos depois, superou as últimas resistências de sua família, deixando em definitivo o palácio. Madalena foi para o bairro mais pobre de Verona, para concretizar seu ideal de evangelização e de promoção humana, fundando a congregação das Filhas da Caridade, para a formação de religiosas educadoras dos pobres e necessitados. Seguindo o exemplo de Maria, a Mãe Dolorosa, ela deixou que o espírito a guiasse até os pobres de outras cidades italianas. Em poucos anos as fundações se multiplicaram, e a família religiosa cresceu a serviço de Cristo.
Madalena escreveu as Regras da Congregação das Filhas da Caridade em 1812, as quais, após dezesseis anos, foram aprovadas pelo papa Leão XII. Mas só depois de várias tentativas mal-sucedidas Madalena conseguiu dar andamento para a Congregação masculina, como havia projetado inicialmente. Foi em 1831 na cidade de Veneza o primeiro oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã dos jovens e adultos.
Ela encerrou sua fecunda existência terrena numa Sexta-Feira da Paixão. Morreu em Verona, assistida pelas Filhas, no dia 10 de abril de 1835. As congregações foram para o Oriente em 1860. Atualmente, estão presente nos cinco continentes e são chamados de irmãs e irmãos canossianos. Em 1988, o papa João Paulo II proclamou-a santa Madalena de Canossa, determinando o dia de sua morte para seu culto litúrgico.
- 09 de Abril -
SANTA MARIA CLÉOPAS
Maria de Cléofas, também chamada de ''Cléopas'', ou ainda ''Clopas''. É destas três formas que consta dos evangelhos o nome de seu marido, Cleófas Alfreu, e irmao do carpinteiro José. Maria de Cléofas era portanto, cunhada da Virgem Maria e mãe de três apóstolos: Judas Tadeu, Thiago Menor e Simão, também chamados de ''irmãos do Senhor'', expressão semítica que indica também os primos, segundo o historiador palestino Hegésipo.
Por sua santidade, ela uniu-se á Mãe de Deus também na dor do Calvário, merecendo ser uma das testemunhas da ressurreição de Jesus (Mc 16,1): ''E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Thiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo''. O mensageiro divino anunciou ás piedosas mulheres: ''Por que procuram o vivo entre os moros?''
Esse é um fato incontestável: nas Sagradas Escrituras vemos Maria de Cléofas acompanhando Jesus em toda a sua sofrida e milagrosa caminhada de prefação. Estava com Nossa Senhora aos pés da cruz e junto ao grupo das ''piedosas mulheres'' que acompanharam seus últimos suspiros. Estava, também, com as poucas mulheres que visitaram o túmulo de Cristo para aplicar-lhe perfumes e unguentos, constatando o desaparecimento do corpo presenciando, ainda, o anjo anunciar a ressurreição do Senhor.
Assim, Maria de Cléofas tornou-se uma das porta-vozes do cumprimento da profecia. Tem, portanto, o carinho e um singular e especial no coração dos católocos, neste dia que a Igreja lhe reserva para a veneração litúrgica.